22 de novembro de 2012

Rio, a cidade dos mega eventos. Será? {Ou minha relação com a Lady Gaga}

Estamos:
  • a um ano da Jornanda Mundial da Juventude;
  • a um ano da Copa das Confederações;
  • a dois anos da Copa;
  • a quatro anos das Olimpíadas.
E ainda falta muito para a cidade estar preparada.  Eu vejo canteiro de obras por todos os lados, mas não sei para o quê elas por aí. Ok, vejo embelezamento, mas não entendo o legado. Muitos podem dizer que estou exagerando, mas contarei uma história.

Dia 9 de novembro. Sexta-feira. Dia do show da Lady Gaga.
Parece que ela gostou da cidade,
 mas não deve ter pego o mesmo 

trânsito que nós....
Eu retornei de uma micro-férias na Região dos Lagos para comemorar o aniversário de minha irmã. Fiquei feliz, pois o trânsito estava limpo.

Cheguei na entrada social da Rodoviária cedo e sorridente. Aí, começou o meu problema. Com as trocentas obras, o ônibus demorou 30 minutos para chegar no terminal.

Desci, já meio emburrada. E só estava começando. Perguntei a um guardinha para onde tinha ido o ônibus do metrô, que fazia integração de dentro da Rodoviária. Pokerface. Dois minutos depois: “hum, acho que está la fora do lado direito”. Peeeeeen: resposta errada. Quando fui à rodoviária, na ida da viageM, vi que este lado estava repleto de quê? O-B-R-A-S!

“OK”, pensei, e fui até o ponto de táxi. Fila de quase dobrar a esquina.

Pedi para uma senhora guardar meu lugar e fui procurar o outro guardinha mais próximo. Ao repetir minha pergunta, só ouvi “Metrô? Aqui? Ah, pergunta lá no quisoque da Riotur”. Quiosque da Riotur, lá vamos nós... Para quê, mesmo, hein, já que não havia NENHUM atendente lá? Afinal, para quê, minha gente, ter alguém para dar informações a turistas em um principal pontos de chegada à cidade?

Como sou brasileira (#enãodesistonunca), fui até o balcão de informações da empresa de ônibus que faz integração até a Barra. Lá, uma moça histérica (com a quantidade de pessoas que queriam ir ao show), deu a mesma resposta do primeiro guarda.

Voltei para fila do táxi. Esperei 45 minutos. Tensos 45 minutos, pois a quantidade de viciados em crack que tentavam puxar coisas dos transeuntes (um, inclusive, se jogou dentro de um carro que buscava uma passageira) era assustadora.

E a fila não andava.

Passou um agente de trânsito e, mais uma vez, fiz questionamentos sobre o Metrô. Ele, de pronto, respondeu: “Ah, foi transferida para aquela rodoviária municipal. O último ponto”.

Minhas "Luluquices" fizeram uma pequena matemática:
  • Distância: a rodoviária ficava a uns cinco minutos de distância (sistema métrico, a gente não se vê por aqui)
  • Iluminação: quase nenhuma
  • Segurança: nenhum policial no trajeto, dois agentes de trânsito surtados com o engarrafamento monstro
  • Velocidade: leeeeeerda. Eu estava com uma mala de mão e duas bolsas, além de pernas cansada de viagem/fila
  • Obstáculos: muitos (entre buracos de obras, tapumes e usuários de crack).
  • Resultado = permaneci na fila
Depois de mais 25 minutos, consegui um táxi. Ao entrar no carro, uma jovenzinha perguntou se eu estava indo para a Barra. Respondi que não e, prestativa, falei sobre a integração. Ela disse que sabia que tinha, mas os ônibus estavam tão lotados, que o próximo com vaga sairia somente às 21h30 (eram 19h45).

Já no carro, a taxista disse “se você fosse para Barra, eu desistia da corrida. Tem um colega que foi às 15h e ainda não chegou. Isso tudo por um show vazio”.

Aí, eu pensei: e se eu fosse uma turista que estivesse indo direto para um jogo olímpico? Perderia meu ingresso, minha diversão e meu encantamento pela cidade.

Não acredita na situação da Rodoviária Novo Rio? Até O Globo falou sobre isso aqui.

15 de novembro de 2012

A primeira feirinha de trocas a gente nunca esquece


Domingo de sol. Luluca e marido fazem o quê? Vão à feirinha de trocas do Grajaú!


A feira é uma iniciativa da CasaCultural Anitcha e acontece sempre no segundo sábado do mês, na Praça Edmundo Rego. Eu havia separado poucas coisas para trocar e fui meio na dúvida sobre como me manifestar. Além disso, saímos de casa bem tarde (após meio-dia) e eu estava achando que não aproveitaria nada.

Ledo engano, a experiência foi ótima!

Preciso ser sincera e dizer que a parte da troca estava bem fraquinha, mas talvez tenha sido devido ao horário em que chegamos. Para apresentar as peças, vale a pena levar uma canga ou esteira de palha. Havia umas seis esteiras, a maioria com livros e filmes. Contudo, nada que me interessasse a tirar minhas coisinhas da mochila para fazer uma troca.

O espaço da feira
          Em compensação, as barraquinhas de produtos reciclados ou orgânicos estavam maravilhosas. Foi uma oportunidade única para o marido aprender como reutilizado/reciclado não é sinônimo de coisa feia. Ele ficou tão surpreendido que até comprou presentes de aniversário para mim. E visitou todas as barraquinhas comigo.

           
Vou tentar fazer um resumo do nosso passeio:

Barraquinha 1: Doação de Livros
Uma barraca para você escolher entre muiiiitos livros. Não é troca, é oferta mesmo! O marido pegou O xangô de Baker Street e eu a última parte de O Imperador (ainda estou na primeira publicação, Portões de Roma, e aqui em casa faltava justamente o último livro).

Barraquinha 2: Rio Eco Consciente
Minha mãe sempre falou super bem dessa loja, que fica numa galeria na Praça Saens Pena. A barraquinha tinha muitas opções de artesanato, bolsas e umas saias lindas de algodão de PET. Mas como a loja oferece vestiário e a barraquinha não, decidir passar lá depois.

Barraquinha 3: Jacqueline
Barraca de artesã que vende roupas e algumas outras pecinhas. O que mais nos chamou a atenção foi a Super Bolinha (bola com biotecnologia que promete lavar a roupa no lugar do sabão em pó). Eu quis MUITO comprar a Bolinha, mas Sr. Meu Marido fez uma cara tão-feia-mas-tão-feia que desisiti. Estou aguardando alguém dizer assim “Usa, Luluca, que vale a pena!”, alguém?

Barraquinha 4: MB Bromélias
Para quem gosta de bromélias e suculentas, lá é o lugar!!! Dezenas de arranjos lindos para diferentes lugares da casa (com sombra ou sem), feitos dentro de blocos de concreto celular. Comprei um pequenino e mais barato (menos de 30 contos) e coloquei em cima de meu nicho da sala, local onde incrível Marilyn não pode lutar com as plantinhas. Lindo. Lindo. Lindo!!!!


Barraquinha 5: Reservambiental
Só coisas lindas! Quer uma blusa de PET reciclada bacana? Tem lá! Ah, prefere fazer a pheena e quer uma bolsa com cara de rycah? Lá também tem! Meus presentes foram de lá: uma mochilinha esperta para shows e caminhadas e uma carteira mais fina do que a minha de todo-santo-dia. Amei!






Barraquinha 6: Anitcha
Artesanatinhos de materiais reutilizados fofíssimos. Tinha até um porquinho que me inspirou a fazer o presente de Natal de Fê. Lá comprei um presente para a Senhora Minha Mãe, mas é segredo.


Barraquinha 7: Naturalmente orgânicos
Barraca da lojinha já famosa da Tijuca, que graças a esta visita, descobri que faz entregas da feirinha para a região (Vila Isabel e Grajaú). Lá comprei: alface mimosa (R$ 2), pacotinho de cenouras (R$ 3) e berinjela (R$ 0,50). Como eu ia ao cinema à noite, decidi comprar também um pacote daquelas pipocas de canjica com sal marinho: muito melhor que a pipoca cheia de óleo, sal e manteiga das lachonetes do cine, não?
Para fazer encomendas da feirinha, acesse sempre o site e baixe a lista do que vai escolher. Depois é fazer o pedido. Ainda não fiz, então, não sei se é realmente assim tão simples!

Barraquinha 8: PermaRio
Barraca sobre permacultural, que traz mostruários de várias ações conscientes interessantes. Lá, o marido pôde ver ao vivo, pela primeira vez, uma minhocasa e... ADOROU! Até agora não acredito que ele  decidiu aceitar termos uma em casa. Na barraca também apresentei uma fralda ecológica para ele já ir se acostumando com o mecanismo quando a hora chegar...

Barraquinha 9: Aldeia Maracanã
Artesanato dos índios que moram na Aldeia Maracanã quem estava lá era própria matriarca da Aldeia, muiiiiito gente boa! Comprei um colar de pau-brasil para dar de presente à Bia, que trabalha conosco.



Havia outras barracas, mas o calor nos fez desistir de vê-las.

As compras reunidas, incluindo o presente da mamãe

Durante a nossa andança, às vezes parávamos para ouvir o Sarau e os debates. Nesse dia, houve discussões muito interessantes sobre a luta da Aldeia Maracanã (para quem não sabe sobre a possibilidade de despejo, acesse aqui) e consumismo infantil. Nessa segunda parte, ouvi muitas decisões de pais que são bem parecidas com o que penso atualmente. Foi bom ver que, por mais estranho que sejamos, não estamos sozinhos no mundo! Citaram muito a Infância Livre de Consumismo, que já sigo no Face há tempos

Gostou? A próxima edição será no dia 09/12. Uma dica: se estiver sol, leve água!


Comemorando os quase 30

Tirando o ano passado, eu sempre comemoro o meu aniversário, o fatídico dia das bruxas e/ou do saci.

Na festa dos quase 30, eu queria fazer um piquenique de verdade lá no Parque da Catacumba (um lugar que vale muito a pena conhecer), mas, como era de se esperar, Dia de Finados sempre chove. Qual a solução: o bom e velho salão de festas do prédio da mamãe.Contudo, a decisão foi em cima da hora: de um dia para outro. Para o piquenique de verdade, eu não precisaria de decoração, já que a natureza cumpriria essa tarefa.

Mas um piquenique indoor, sem nenhum itenzinho decorativo, ficaria uma festa digna de finados  mesmo. Se você trabalha bem com as soluções decorativas festivas disponíveis no mercado, parabéns, você não teria o meu dilema. Como eu sempre tento tirar leite de pedra (quer dizer, decoração de materiais reutilizáveis), eu sofri-chorei-tanto-que-nem-sei.
Até que, entre soluços, chegaram as soluções:
  • uns retalhos de tecido que mamãe deu, que já estavam em forma de triângulo e viraram bandeiras
  • folhas de revistas que viraram rosettes 
  • garrafas vazias, decoradas com o que sobrou de retalho de tecido
Isso já deu um charme ao ambiente, mas não foi só! Conhecendo-me há 29 anos, mamãe fez um painel de macieira, pois sabia que eu não ia gostar de ter um salão liso. E compru toalhinhas e flores para as mesas de convidados. Para a mesa principal, uma cesta de vime e pratos de papel que podem ser reutilizados.

Meus companheirinhos de trabalho me deram um outra linda cesta, que enchi de flores e coloquei na mesa grande.  E a fofa da Adriana Félix (responsável pelos lindos e gostosos cupcakes) também me deu um cesta, repleta de gostosuras, que ficou decorando o outro lado do salão.

Com o pessoal chegando e trazendo comidinhas saborosas, a mesa ficou farta e linda.

De resto, foi só curtição com os amigos, que escreveram seus nomes nos copos de plástico para evitar disperdício!

Após a festa, os materiais foram separados (porque no prédio da minha mãe há coleta seletiva). O excesso de toalhas, levei para fazer artesanato, assim como as bandeirinhas.

As cestas e flores foram para a sala de estar.

E assim, a comemoração vai continuando! O que será dos 30, hein?



Vamos às fotos:


Camila e Tato mostrando uma geral da mesa e do painel.

Cupcakes da Adriana Félix

A cesta-presente da Fê Rena e do Marcos ganhou destaque 
na sala como porta-álbum e revistas
A cesta-guloseimas recebeu as flores remanescentes 
da festa e a eterna violeta


Observações:
1) Os amigos falaram sobre o blog durante a festa, logo não me preparei para ter fotos boas.

9 de novembro de 2012

Aquela dos 30

“Hoje já é quinta-feira
E eu já tenho quase 30Acabou a brincadeiraE aumentou em mim a pressaDe ser tudo o que eu queriaE ter mais tempo pra me exercer”[Sandy]

Eu sei, eu sei... É ridículo começar a (será?) nova fase do blog com RO verso da mais nova música de Sandy, “Aquela dos 30”.

Mas eu estou exatamente assim: com pressa de ser. De ser mais eu e menos o que os outros esperam. De ser igual. De ser diferente. Mas ser o que quero no momento.

Tentarei fazer daqui um espaço para mostrar diferentes pedacinhos desse meu “ser”. E, principalmente, experiências cotidianas que realizarei antes dos meus 30.

O retorno do blog foi uma sugestão de amigos que olham as minhas coisitas diárias e disseram que elas deveriam ser compartilhadas!