30 de abril de 2008

Preguiça. Palavra constante em meu vocabulário.

Hoje, dia chuvoso e relativamente frio, é uma dia crucial para se ter preguiça. Acordei cedo, tomei café, estudei e... Desisti de ir até à Biblioteca Nacional. Por preguiça, claro! Não que eu tenha ficado à toa, estudei mais em casa, escrevi e adeqüei artigos, ouvi jazz e tomei chá verde com cookies integrais.

Mas só de ter ficado em casa pela preguiça, minha cabeça pôs-se a trabalhar. A preguiça não se restringe somente a vontade de não mexer o corpo, de poupar energia física. A preguiça é toda vontade de poupar qualquer energia. Até pouco tempo atrás, eu sofria com uma preguiça intelectual inacreditável. Só de pegar um livro, abrir a página e começar a ler, eu cansava. Tinha preguiça de apreender novas coisas. “Para quê?”, pensava eu.

Agora, tenho uma preguiça de lazer. Não tenho curtido sair de casa, a não ser que seja para ir ao cinema ou ao teatro. Parece que o intelecto quis voltar a trabalhar com força. Sair para quê? Para dançar as mesmas músicas? Para ver os mesmos rostos? Para usar as mesmas roupas?

Quando digo que não quero sair, alguém sempre diz: “Vai sair sim, vai conhecer gente nova”. Óbvio que isso é uma torcida para que minha condição de solteira acabe logo. Ontem, quando comentei isso a uma amiga, ela também me disse que sente o mesmo que eu: PREGUIÇA, óbvio.

Afinal, conhecer gente nova? Ter que se arrumar para sair? Observar se há alguém de interessante por perto? Tentar iniciar um diálogo (e o pior, mantê-lo)? Verificar se bate a “química”? Fofocar o Orkut alheio? Esperar um telefonema? Fazer um telefonema? Marcar um outro encontro? Passar por todo o processo novamente?

Para quê, minha gente?

Às vezes, a preguiça nos manda repetir as figurinhas. Elas não completam o álbum, eu sei. Porém, também não desgastam nossa energia.

***** = ****** = ****** = ***** = ****** = ****** = ***** = ***** = *****

Na Vitrola
Prato do Dia – O Teatro Mágico (alguém diz pro Anitelli que eu não tenho preguiça de passar pelo processo de casar com ele?)

Um comentário:

Marcelle Pacheco disse...

Pra quê, minha gente? Pra quê? Manter diálogo? Que coisa sacal! Observar se há algo interessante por perto? Frustração maior não há!

Que coisa...

Na teoria, tenho preferido direcionar minha energia pra coisas mais frutíferas também... Mas por enquanto, só na teoria memso, hehehehe!