Eu estava no meu percurso semanal entre a terapia e a casa de uma amiga. Assumo que estava meio ressabiada de encontrar com o rapaz do caso lá de baixo. Afinal, na última vez que nos vimos, eu fui extremamente grosseira (o que me é muito peculiar, principalmente após passar por um momento-trauma, caso para outro post).
Mas voltando ao percurso... Lá estava eu com meus passos apressados quando escuto uma pessoa do sexo feminino gritando “Deixa eu falar? Deixa eu falar?”. Se eu já me irrito facilmente com indivíduos que berram ao celular, imagina com esta senhora que só falava a mesma frase por longos cinco minutos? A minha vontade era de pegar o telefone e dizer para o quem-quer-que-fosse do outro lado da linha o seguinte: “PESSOA, FAÇA UM FAVOR PARA AGRADAR JESUS: DEIXA ESTA MOÇA FALAR!”.
Dez minutos após a sonora perseguição, alguém ouviu minhas preces, pois a menina se calou. Isso exatamente no mesmo momento em que parei no sinal. Aí sim veio a benção final, o monólogo que tanto alegrou meu resto de dia:
— Meu filho, o que você tem de entender é que eu já te superei. Não sinto mais nada por você. Na verdade, eu tenho NOJO de você. Já te esqueci. Já te superei.
A pessoa do sexo feminino passou direto e meu sinal abriu. Antes de atravessar, olhei para as outras mulheres que se encontravam no mesmo local. Todas, evidentemente, riam. “Quando a gente faz escândalo pra dizer que esquecemos é porque ainda gostamos muito”.
Confesso que me decepcionei com todo aquele escarcéu. Depois de dez minutos tentando falar era tudo aquilo que a moça queria dizer? Poxa, infelizmente, ela só deu mais crédito para o tal do ser que ela tem “nojo”. Ou vão dizer que o moçoilo não teve a mesma interpretação dos fatos do que a nossa?
No fundo, mulher é tudo igual. E os homens também.
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Na vitrola:
Domingo no parque – Gil
31 de março de 2008
13 de março de 2008
Fenomenologia
“Os homens respondem não apenas aos aspectos físicos de uma situação, mas também e por vezes, primariamente ao sentido que esta situação tem para eles. Uma vez que eles atribuem algum sentido à situação, o seu comportamento subseqüente e algumas das conseqüências deste comportamento são determinadas por este sentido anteriormente trabalhado” (W. J. Thomas)
Não fez sentido para você?
Para mim fez. E muito.
Não fez sentido para você?
Para mim fez. E muito.
11 de março de 2008
Aqui estou, mais uma vez...
Tentando escrever um diário virtual. Bem, pelo menos, desta vez, a culpa não é minha. Claro que não! A culpa é dos meus amigos (alguns dos melhores, por sinal) que decidiram morar fora de solos brasileiros.
Eu gostaria muito de (re)começar a escrever cheia de novidades. Não tenho tantas. Mas já estou feliz por conseguir me estruturar. Horários de estudo, de terapia, de malhação, de ensaios... Tudo organizado! Estou com tempo para tudo. Bem, não vou falar mais não... Vai ver que o tempo percebe que está meio expremidinho e tenta fugir.
Vou fingir que não escrevi nada e cantarolar mais uma vez “bluuuuuuuuuuuue savannah song” (Erasure). Assim consigo assustar até o tempo!
***** = ****** = ****** = ***** = ****** = ****** = ***** = ***** = *****
SEÇÃO: COISAS QUE SÓ ACONTECEM COM LULUCA.
A moça e o rapaz não se esbarravam há bastante tempo. Mais de um mês, para ser (quase) exato. Nem telefone, nem e-mail, nem carta... Nem sinal de fumaça. Eis que a moça, que detesta o bairro de Copacabana, passa apressada por uma de suas principais ruas.
Com o tempo, ela percebe que está sendo seguida. Assustada, decide apertar o passo. O indivíduo não só acelera como anda ao seu lado. Sem coragem de tirar os olhos do chão —“Será que é um ladrão? Ou um louco? Sim, porque loucos me perseguem...”, pensava ela — a moça tentou andar ainda mais rápido, até que...
Do nada, o rapaz pára na sua frente. Braços abertos:
— Quer me matar do coração? — Diz ela.
— Ei! O que a senhorita faz por aqui, hein?
— Tô saindo da terapia. E o senhor?
— Tô indo para a minha terapia!
— Ah, fala sério! Não acredito!
— Pois é! E pra onde você está indo?
— Para a casa de uma amiga...
— Tá com horário marcado?
— Eu não? Mas você está, né? Tchau!
— Não, não! Eu ainda tenho tempo de tomar um suco...
E depois ainda dizem que a moça é maluca.
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Na vitrola:
Blue Savannah Song
Eu gostaria muito de (re)começar a escrever cheia de novidades. Não tenho tantas. Mas já estou feliz por conseguir me estruturar. Horários de estudo, de terapia, de malhação, de ensaios... Tudo organizado! Estou com tempo para tudo. Bem, não vou falar mais não... Vai ver que o tempo percebe que está meio expremidinho e tenta fugir.
Vou fingir que não escrevi nada e cantarolar mais uma vez “bluuuuuuuuuuuue savannah song” (Erasure). Assim consigo assustar até o tempo!
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SEÇÃO: COISAS QUE SÓ ACONTECEM COM LULUCA.
A moça e o rapaz não se esbarravam há bastante tempo. Mais de um mês, para ser (quase) exato. Nem telefone, nem e-mail, nem carta... Nem sinal de fumaça. Eis que a moça, que detesta o bairro de Copacabana, passa apressada por uma de suas principais ruas.
Com o tempo, ela percebe que está sendo seguida. Assustada, decide apertar o passo. O indivíduo não só acelera como anda ao seu lado. Sem coragem de tirar os olhos do chão —“Será que é um ladrão? Ou um louco? Sim, porque loucos me perseguem...”, pensava ela — a moça tentou andar ainda mais rápido, até que...
Do nada, o rapaz pára na sua frente. Braços abertos:
— Quer me matar do coração? — Diz ela.
— Ei! O que a senhorita faz por aqui, hein?
— Tô saindo da terapia. E o senhor?
— Tô indo para a minha terapia!
— Ah, fala sério! Não acredito!
— Pois é! E pra onde você está indo?
— Para a casa de uma amiga...
— Tá com horário marcado?
— Eu não? Mas você está, né? Tchau!
— Não, não! Eu ainda tenho tempo de tomar um suco...
E depois ainda dizem que a moça é maluca.
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Na vitrola:
Blue Savannah Song
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